Sedentarismo, má alimentação e estresse são alguns dos motivos que podem piorar a saúde da nossa pele. Infelizmente, o momento atual facilita a junção dessas três situações em boa parte da população. Isso acaba deixando a pele com aspecto de envelhecida, ressecada, com mais acne, linhas de expressão, entre outros males.

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Para tentar driblar esses problemas dermatológicos e te ajudar a lidar com a pandemia de forma mais amena, conversamos com duas profissionais: Joyce Rodrigues, farmacêutica bioquímica especialista em cosmetologia e presidente da Mezzo Dermocosméticos, e Adriana Volpe, farmacêutica e CEO da Divinitè Nutricosméticos. 

Joyce explica que os jovens estão cada vez mais estressados. “Só para se ter ideia, nos EUA os níveis de estresse relatados pela geração Z e pela  geração Y foram + 40% mais altos do que aqueles percebidos  como ‘saudáveis’. 84% dos consumidores brasileiros buscam ativamente formas de reduzir o estresse”, conta. E a Covid-19 tem grande parte nisso: mesmo que você não tenha pego a doença, o medo de se contaminar faz seu corpo agir de forma diferente.

“Uma das consequências que a Covid-19 nos deixou foi que, como sociedade, estamos em um nível de alerta e insegurança por longo período. Sendo assim, nosso corpo está convivendo com altos níveis de cortisol a longo prazo, o que tem como uma das consequências a elevação nos níveis de inflamação correspondentes aos radicais livres gerados devido ao interno desequilíbrio oxidativo”, continua a farmacêutica. 

Mas por que o cortisol é tão prejudicial assim para nossa pele e corpo, principalmente a longo prazo? Principalmente porque ele compromete a vitalidade da pele, diz Joyce. “Os danos vêm em sinais prematuros de envelhecimento: as células não podem reconstruir a elastina e o colágeno, gerando por consequência a aparência de rugas e perda de elasticidade,  enquanto o comprometimento da renovação das células, leva a um tom de pele opaco e aparência cansada”, começa.

“Podemos perceber um aumento na incidência de rugas, vermelhidão, coceira, secura, acne e manchas. Precisamos estar muito alertas e redobrar os cuidados, pois também é presente uma maior frequência no desenvolvimento de hiperpigmentação pós-inflamatória, sendo preciso sua prevenção e tratamento.”

Para Adriana Volpe, os radicais livres também têm culpa nos problemas de pele, principalmente a exposição a longo prazo à luz dos eletrônicos. “Os efeitos negativos dos radicais livres, sejam causados pela luz solar e artificial ou pelo estresse, são principalmente o envelhecimento precoce da pele, mudanças na aparência, como falta de hidratação e luminosidade, e maior propensão ao câncer de pele. Para nos protegermos, uma boa opção para incluir na rotina é a fotoproteção oral, que irá potencializar a ação do filtro solar”, explica. Essa fotoproteção diminui os danos já causados pela luz. 

“Além disso, por conter ativos antioxidantes em sua fórmula, este tipo de suplementação também irá auxiliar contra os radicais livres gerados pelo estresse e podem ainda ser complementados por nutracêuticos focados no bem-estar que ajudarão a regular o sono e o humor, e consequentemente os níveis de cortisol”, completa.

Para quem sofre com acne, o estresse pode potencializar essas erupções na pele. “Além da maior incidência de acne, resultado de uma pele inflamada, o excesso de hormônios ligados ao estresse pode agravar doenças como dermatite atópica, psoríase, rosácea, entre outras”, completa Adriana, também chamando atenção para a queda capilar, que acontece com altos níveis de estresse do corpo.

Balancear tudo isso neste momento pode parecer uma tarefa difícil, mas não impossível. Beber bastante água, tentar manter a alimentação equilibrada e praticar exercícios são apenas alguns dos cuidados, que podem ser aliados aos produtos para pele.

“Meu queridinho do momento é o ativo V-4s, novidade do mercado que combate as quatro principais espécies de radicais livres: reativas de oxigênio, enxofre, nitrogênio e carbonilo. Ele pode ser utilizado, por exemplo, em um sérum multi-corretor para prevenção e correção da hiperpigmentação pós-inflamatória, redução de manchas, uniformização do tom e aumento da luminosidade facial”, sugere Joyce.