ROMA, 26 OUT (ANSA) – A propagação da pandemia do novo coronavírus Sars-CoV-2 fez diversos países fecharem suas fronteiras, causando um impacto significativo nos números sobre fluxos migratórios para a Itália, informou o Instituto Nacional de Estatística nesta segunda-feira (26).   

Nos primeiros seis meses de 2019, foram emitidas mais de 100 mil novas autorizações de permanência no país, enquanto no mesmo período deste ano foram registradas menos de 43 mil, uma queda de 57,7%.   

Os dados divulgados em um relatório sobre cidadãos de fora da União Europeia (UE) revela ainda que a queda no número de chegadas à Itália começou em 2019.   

Segundo o Istat, a quantidade de autorizações emitidas no ano passado foi de 177.254, (26,8% abaixo do que em 2018), uma queda sobretudo relativa a pedidos de asilo – de cerca de 51.500 para 27.029 -, que teve uma redução igual a -47,4%.   

A diminuição em 2020 ocorreu, em particular, no mês de março, no auge da pandemia de Covid-19, o que quase eliminou a emissão de solicitações por motivos de asilo.   

Ainda de acordo com o relatório, as aquisições de cidadania aumentaram (+10,1%): foram 127.001 em 2019, quase nove em cada 10 pedidos dizem respeito a cidadãos que anteriormente não eram da UE. Em 46,7% dos casos, as pessoas de países terceiros vivem em áreas densamente povoadas.   

Os números são consequências do lockdown imposto pelo governo italiano, entre março e maio, para tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. (ANSA)