Os termos “covid-19” ou “coronavírus” estão em 80% das notícias classificadas para compor o Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas (FGV) de abril. Mais cedo, a FGV informou que o IIE-Br subiu 43,4 pontos ante março, alcançando 210,5 pontos, renovando o recorde da série histórica do índice.

“Estamos vendo que o protagonista é a pandemia, que tem impactos na economia e funcionamento das empresas”, afirmou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, citando estudos internos sobre o material coletado para compor o IIE-Br.

O IIE-Br é construído com dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.

Os estudos internos do Ibre/FGV mostram ainda que a crise política segue no radar das notícias usadas no IIE-Br Mídia. O radical “presid-” aparece em 50% das notícias classificadas no componente de Mídia, disse a pesquisadora do Ibre/FGV.

Já no componente de Expectativa, é possível ver uma grande dificuldade, entre analistas financeiros e de mercado, para prever variáveis econômicas, completou Gouveia.

Mais cedo, a FGV informou que esse componente subiu 62,3 pontos, para 225,8 pontos, segundo maior nível da série – ficando atrás apenas de outubro de 2002, quando chegou a 257,5 pontos, em meio à campanha eleitoral que culminou com a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias