O Panamá informou nesta quinta-feira (7) que o vírus da encefalite equina foi detectado em um homem de 20 anos na província de Darién, portanto, reforçou a vigilância epidemiológica em uma área dessa zona florestal que faz fronteira com a Colômbia.

“O Instituto Comemorativo Gorgas de Estudos para a Saúde detectou um caso do vírus de encefalite equina venezuelana na área de Marragantí, na província de Darién”, a cerca de 250 km da capital, disse o Ministério da Saúde em um comunicado.

“Trata-se de um paciente masculino de 20 anos, que desde 1º de dezembro apresentou sintomas como fraqueza, diarréia, vômito, febre e calafrios; […] o laboratório do Gorgas confirmou que se tratava do vírus de encefalite equina venezuelana”, acrescentou.

Este vírus do gênero Alphavirus, também conhecido como encefalomielite, foi isolado pela primeira vez em 1938 na Venezuela e já foram registrados casos em vários países americanos.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), surtos do vírus, causador da chamada “doença do sono”, surgem periodicamente no continente, afetando equinos e humanos.

Além da variedade venezuelana, a mais forte, há ainda as encefalites equinas do leste e do oeste; as três no continente americano.

A Argentina declarou emergência sanitária em 30 de novembro por um surto do vírus em cavalos, enquanto o Uruguai confirmou um primeiro caso em equinos dois dias depois, ambos da variante do oeste, a mais leve.

A selva de Darién, onde há vários povos e aldeias cujos moradores se dedicam principalmente à agricultura, se tornou um corredor para migrantes que saem da América do Sul para tentar chegar nos Estados Unidos através da América Central e México.

Mais de meio milhão de migrantes já cruzou este ano a inóspita floresta, onde há obstáculos naturais e operam gangues que roubam, sequestram e estupram.

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