Mais de cem medalhistas olímpicos estarão representando seus países nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Estrelas como o cubano Mijaín López, medalha de ouro na luta greco-romana nas três últimas edições olímpicas, o nadador norte-americano Nathan Adrian, que coleciona oito pódios em Olimpíada (com cinco ouros) e a velocista jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, com três títulos e cinco pódios na pista de atletismo, vão dar o tom do evento.

Pelo Brasil serão seis campeões olímpicos nesta seleta lista: Arthur Zanetti (ginástica artística), Martine Grael e Kahena Kunze (vela), Thiago Braz (atletismo), Rafaela Silva (judô) e Eder (vôlei). Isso sem contar outros atletas nacionais que foram ao pódio, como Isaquias Queiroz e Erlon Souza (canoagem velocidade), Arthur Nory (ginástica artística), Maicon Andrade (tae kwon do) e Mayra Aguiar (judô).

“A gente está indo para dar o melhor nessa competição. Não é nosso evento principal deste ano, mas é uma competição muito importante para a gente se testar em um evento grande, como é na Olimpíada, mesmo estando em uma Vila separada de Lima. Sabemos que o importante é aprender o máximo possível”, explicou Kahena.

A lista de brasileiros medalhistas só não é maior porque as equipes masculinas e feminina de vôlei não vão ter em Lima sua força máxima, pois o foco é o Pré-Olímpico para Tóquio, e porque a seleção feminina de futebol não vai participar por causa de critérios da Conmebol. Até por isso, as jogadoras do Brasil não poderão defender o título conquistado quatro anos atrás no Pan de Toronto.

Para os organizadores, a presença desses talentos brasileiros aumenta o brilho do evento. “Eu gosto disso e vejo como uma forma de respeito ao país anfitrião. O Brasil manda seus melhores atletas porque também acredita que fizemos um bom trabalho. Para nós, peruanos, receber os melhores atletas é como um prêmio pelo que estamos fazendo. Isso permite com que os torcedores fiquem mais entusiasmados”, disse Carlos Neuhaus, presidente do Comitê Organizador do Pan de Lima-2019.

Como comparação, o Pan de Lima terá 109 medalhistas olímpicos, segundo os organizadores, mas esse número pode mudar um pouco. Na edição de Toronto, em 2015, foram 122. Entre as principais estrelas daquela competição estavam as nadadoras Natalie Coughlin e Alisson Schmitt, dos Estados Unidos, o velejador brasileiro Robert Scheidt, e o dominicano Félix Sánchez, do atletismo, entre outras.

Apesar de ter a participação dos Estados Unidos, a maior potência olímpica do planeta, o Pan não consegue mais atrair os principais atletas daquele país. No início, a competição era usada como preparação para a Olimpíada e os melhores sempre participavam. Mas a partir da década de 1970, ainda mais depois da proliferação de diversos mundiais de modalidades, os norte-americanos passaram a tratar o Pan como uma competição para jovens promessas, salvo algumas exceções.