Mais de uma década desde sua saída da TV Globo – em 2014, na “Dança dos Famosos”- Paloma Bernardi, de 40 anos, está de volta à emissora com uma personagem polêmica. Na 4º temporada de “Arcanjo Renegado”, série de sucesso da Globoplay, a atriz interpreta Elaine Carolina, uma mulher da igreja evangélica com fama de boazinha, mas que na verdade, arquiteta um plano para interferir na política por meio da religião.
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“Ela não é de fé”, explica a atriz durante entrevista ao podcast IstoÉ Gente Entrevista. “A vida imita a arte, a arte imita a vida, seja pelo lado positivo ou negativo. Quantas pessoas corruptas existem nesse mundo, quantas pessoas querem se dar bem. E querem iludir pela fé, pela vulnerabilidade, pelo poder que tem.”
“A criminalidade não existe só nas comunidades. Ela está entre os empresários, entre os engravatados.”

Paloma Bernardi – Reprodução/Instagram
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A atriz também comenta que “Arcanjo Renegado” retrata uma realidade bastante atual no Brasil, com a crescente violência entre a segurança pública e as organizações criminosas.
No final de outubro, a megaoperação das Polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro, matou 122 pessoas, entre elas, cinco policiais. A ação, inclusive, é mais letal da história do Estado, de acordo com dados do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense.
“Olha o que está acontecendo no nosso país. No estado do Rio de Janeiro, especificamente”, afirma a atriz. “São as comunidades, são as igrejas, é a polícia… São pessoas inocentes que acabam perdendo suas vidas. Famílias que sofrem tanto de um lado pra outro lado.”
“A série traz a oportunidade de você refletir de todos os lados. Entender como se proteger e fazer com que a política possa olhar de uma maneira mais inteligente, mais estratégica, pra que menos pessoas possam morrer.”
Trajetória de Paloma Bernardi na Record e pressão por filhos
Durante bate-papo, Paloma ainda aproveitou para avaliar sua trajetória na Record, destacando a oportunidade de ter interpretado sua primeira vilã, Samara, superando o estigma da emissora, além de ter abordado temas como a pressão social para que as mulheres tenham filhos e sua experiência em cartaz com “O Cravo e a Rosa”, adaptação teatral da icônica novela da TV Globo.
“Por mais que às vezes a sociedade pressione: ‘Quando é que vai casar? Quando é que você vai ter filho? Você já tem 40 anos’. Está tudo certo, eu estou em paz comigo, e acho que as coisas vão acontecer na hora certa. Eu acho que para além desse sonho de ter a minha família, eu tenho tantos outros e eu estou deixando a vida acontecer também, sem pressa, sem agonia, sem pressão.”
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** Estagiária sob supervisão