Em grande fase e embalado pela classificação heroica às semifinais da Libertadores, o Palmeiras testa a força de seu elenco contra o arquirrival Corinthians, este que joga pressionado depois de ter sido eliminado do torneio continental. Um revés no dérbi deste sábado, às 19h, na Neo Química Arena, pode dar início a uma crise no time alvinegro.

A vitória tem peso dobrado no confronto por se tratar de um clássico e também em virtude da colocação de ambos no Brasileirão, uma vez que o jogo reúne o líder e vice-líder do torneio. O Palmeiras aparece na ponta com 45 pontos, seis de frente em relação ao Corinthians.

Além da vantagem de pontos, o time de Abel Ferreira tem apresentado um futebol superior ao da equipe de Vítor Ferreira, que passou a ser cobrado pela eliminação na Libertadores e também pela derrota para o Atlético-GO na Copa do Brasil que obriga o conjunto alvinegro a ganhar por três gols de diferença o duelo da volta para ir às semifinais da competição.

O Palmeiras ganhou seus últimos cinco compromissos pelo Brasileirão e ostenta o melhor ataque e a melhor defesa do certame nacional, o Corinthians apresentou oscilação recentemente e vem de empate com o Avaí em Florianópolis.

Será o terceiro dérbi da temporada. Os outros dois foram vencidos pelo Palmeiras. No Paulistão, ganhou de 2 a 1 na Neo Química Arena, e no primeiro turno do Brasileirão fez 3 a 0 na Arena Barueri.

O dérbi faz parte de uma sequência dura de jogos que pode definir o rumo de ambos na temporada. Depois do clássico, o Palmeiras encara o Flamengo, dia 21, em casa, e o Fluminense, dia 28, no Maracanã. O Corinthians pega na quarta-feira, 17, o Atlético-GO para reverter a vantagem dos goianos e ir às semifinais da Copa do Brasil.

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“Nossa equipe seguirá treinando, se recuperando e se preparando para uma sequência que a gente sabe que é difícil e que precisamos estar bem preparados”, afirmou o meio-campista palmeirense Zé Rafael.

“Estamos no segundo turno do Brasileiro, com confronto direto, depois tem Copa do Brasil”, disse o goleiro Cássio, que entende não haver tempo para lamentar a eliminação na Libertadores. Faz parte. Continuamos com os pés nos chão, não podemos achar que está tudo errado. Sei que é dolorida a eliminação, mas temos que erguer a cabeça”.

Times alternativos

É improvável que os dois joguem com força máxima porque vêm de uma sequência desgastante de partidas. O time alviverde foi ao seu limite físico e mental diante do Atlético-MG ao jogar com dois atletas a menos durante boa parte do jogo. Com isso, Abel Ferreira terá de dar descanso aos mais exauridos.

“A verdade que é entregamos tudo o que tínhamos. Vai haver consequências para os que jogaram, mas temos outros jogadores. Vamos ser francos uns com os outros e jogar na máxima força”, admitiu Abel. “Temos que fazer gestão porque testamos nossos limites”, reforçou.

Sua estratégia será a mesma ou semelhante da que adotou no duelo anterior com o Goiás: dosar energia e rodar o elenco sem perder competitividade, escalando atletas descansados, mas também alguns titulares. A ideia é ter uma “equipe intensa o jogo inteiro”.

Reforço alviverde, Bruno Tabata foi apresentado, teve seu nome publicado no BID da CBF e pode estrear logo em um dérbi. “Estou pronto. Se eu pudesse escolher estaria no jogo, mas fica a critério do Abel”.

No Corinthians, certo é que Willian não joga o clássico nem qualquer outra partida. O meia-atacante deixou o clube na sexta, véspera do duelo, quando a diretoria aceitou o seu pedido de rescisão imediata do contrato que era válido até o fim de 2023 e foi encerrado depois de uma passagem sem brilho, com apenas um gol em 45 jogos, muitas lesões e ameaças.

Segundo o atleta, seu pai, sua mulher, suas filhas e sua irmã, além dele, foram atacados e ameaçados nas redes sociais por torcedores corintianos.


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