A três meses para o fim do Campeonato Brasileiro, o clássico desta quarta-feira entre Palmeiras e São Paulo, às 21h45, no estádio Allianz Parque, na capital paulista, pela 23.ª rodada, é fundamental para as ambições das equipes. Qualquer resultado diante do rival será determinante para definir o papel de ambos na competição.

Sair com vitória de campo representará aos dois a oportunidade de adquirir confiança para uma série de confrontos diretos nas próximas rodadas. O líder Palmeiras está há cinco jogos sem perder, mas tem pela sequência, depois do clássico, o Grêmio e o confronto contra vice-líder Flamengo. “Ano passado não vivíamos um bom momento, mas vencemos o São Paulo, pegamos mais confiança e ficamos oito jogos sem perder”, disse o meia Cleiton Xavier.

O Palmeiras deve jogar com estádio lotado – até esta terça-feira, 38 mil ingressos já tinham sido vendidos. O técnico Cuca faz suspense em duas posições. O meia Moisés tenta se recuperar de lesão no tornozelo e o clube conta com o retorno de Gabriel Jesus, que estava na seleção brasileira, para reforçar o ataque.

Já o São Paulo é quem vive situação mais dramática. A crise afetou o ambiente do clube, que teve de realizar treinos fechados na última semana após ter o centro de treinamento invadido pela torcida. O momento é ruim e antecede três partidas nas quatro próximas rodadas contra equipes que também lutam contra o rebaixamento (Figueirense, Cruzeiro e Vitória).

O técnico Ricardo Gomes, que ainda não venceu desde que chegou ao clube, indicou uma escalação mais cautelosa, com três volantes. A ideia é dar liberdade a João Schmidt e Thiago Mendes. A esperança do treinador é que, mesmo sem um homem de criação, o meio de campo funcione e o atacante argentino Chavez, em boa fase, mantenha seu faro de gols.

O lateral-esquerdo chileno Mena e o meia peruano Cueva, que defenderam as suas seleções nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, devem ser poupados da partida. O lateral-direito argentino Buffarini, suspenso, não joga. “Clássico não tem favorito”, afirmou o atacante Kelvin. “Estamos preparadores e podemos nos recuperar”.