O vazio Allianz Parque será o local neste sábado, a partir das 16h30, de um grande tira-teima para Palmeiras e Corinthians no Campeonato Paulista. A primeira decisão da história do torneio a ser disputada com os portões fechados vai indicar qual rival ficará à frente do adversário no retrospecto de confrontos diretos em decisões estaduais. O placar atual está em 3 a 3.

Em 11 ocasiões passadas as duas equipes ocuparam as duas primeiras posições da classificação final do Campeonato Paulista. Mas em cinco delas o título foi definido por pontos corridos e sem ter, portanto, os dois times em confronto direto pela taça (1942, 1947, 1951, 1954 e 1966). Se levada em consideração somente as finais de campeonato, o retrospecto histórico dos 103 anos de rivalidade voltará a ter neste sábado um time dominante.

Curiosamente, o Palmeiras levou a melhor sobre o Corinthians nas três primeiras finais entre as equipes. Ainda com o nome de Palestra Itália, garantiu o título em 1936. Anos mais tarde, em 1974, a geração da Segunda Academia conquistou a taça. A última vitória alviverde veio em 1993, sob o comando justamente de Vanderlei Luxemburgo. A conquista encerrou o jejum do clube de 16 anos sem ganhar taça.

A reação do Corinthians veio anos depois. Nas três finais seguintes, foram três vitórias sobre o rival. Em 1995, em decisão disputada em Ribeirão Preto, o título veio na prorrogação. Quatro anos depois, em jogo marcado por confusão após as embaixadinhas de Edílson, a equipe levantou a taça em 1999. O último encontro foi em 2018, no Allianz Parque, com vitória corintiana no tempo normal e nos pênaltis.

A expectativa pelo tira-teima histórico ajuda a compensar o vazio de uma final sem público, algo inédito na história. O cenário contribui também para criar uma expectativa melhor para o confronto após a partida de ida, na quarta-feira, ter ficado no empate sem gols e um jogo de poucas emoções. Em caso de nova igualdade, aliás, a decisão do título será nos pênaltis.

“Vamos decidir em casa, o que é importante. Mesmo sem a torcida presente, sabemos que temos o apoio deles. Vamos dar o nosso melhor”, disse o lateral-esquerdo uruguaio Matías Viña.

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Mesmo após na última decisão ter sido decisivo na vitória corintiana nos pênaltis, o goleiro Cássio prefere que o jogo seja resolvido nos 90 minutos. “Nos pênaltis é muito relativo, tem a parte psicológica, do jogador também, não depende só do goleiro. Mas se a pergunta é sobre decidir nos pênaltis ou no tempo normal, eu prefiro no tempo normal”, comentou.

Fora o inédito fator de uma pandemia forçar o jogo a ter portões fechados, uma outra novidade envolve esta decisão. Será a primeira final da história disputada em piso sintético. O Corinthians jogará pela primeira vez no novo gramado. Desde a inauguração do gramado, em fevereiro, o Palmeiras disputou no local sete partidas. Ganhou seis e empatou uma.

DÚVIDA – Os times têm poucas dúvidas sobre a formação. No Palmeiras, o capitão Felipe Melo tenta se recuperar da lesão na coxa esquerda que o tirou do jogo de ida, na Arena Corinthians. Se não conseguir, Luan jogará novamente. No ataque há a disputa direta entre Willian e Zé Rafael. Já o Corinthians pode ter mudança no meio. Recuperado de coronavírus, o colombiano Cantillo pode entrar no lugar de Éderson.


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