A pandemia mundial do coronavírus conseguiu o que há anos nações e entidades do mundo todo buscam, uma trégua no conflito entre Israel e Palestina.

Conforme divulgado pela Folha de S. Paulo, nas últimas três semanas, representantes dos dois lados têm se encontrado, em local secreto, para coordenar medidas em um escritório de monitoramento conjunto.

“A saúde de todos os cidadãos da região está acima de tudo, e é nossa principal prioridade. Continuaremos a agir em colaboração com a Autoridade Palestina em um esforço conjunto”, diz o major Yotam Shefer, chefe do departamento internacional da administração civil israelense na Cisjordânia.

Para evitar o aumento do contágio do COvid-19, a Cisjordânia recebeu de Israel 20 toneladas de desinfetante e outros 400 kits de testes para detectar o vírus, além de outros 500 itens de proteção para as forças de segurança e equipes de saúde.

Agentes de saúde de ambos os locais estão realizando atividades mútuas para conscientizar a população sobre o perigo da doença.

Outra medida adotada é o controle da fronteira e dos trabalhadores que passam pelo local todos os dias. A rotina foi alterada para evitar que a economia tenha um prejuízo mais extenso.

Até o momento, Israel possui 500 casos confirmados do novo coronavírus, mas nenhuma morte pela doença. A Palestina contabiliza 44 infectados pelo Covid-19.

O grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, não vai permitir a entrada ou saída no enclave, fechando a fronteira com o Egito.

Segundo uma pesquisa do Instituto Truman para Paz da Universidade Hebraica de Jerusalém, 63% dos israelenses afirmam que Israel deve ajudar os palestinos durante a crise do coronavírus.

“A maioria dos israelenses acredita que, quando houver necessidade, o governo deve traçar medidas preventivas para ajudar os palestinos durante a epidemia da Covid-19”, disse Vered Vinitsky-Serousse, presidente do Instituto.