Dirigentes palestinos denunciaram nesta quarta-feira a demolição em Jerusalém Oriental, anexada e ocupada por Israel, de 21 lojas e postos de gasolina declarados “ilegais” pelas autoridades israelenses.

A polícia israelense confirmou “que 18 empresas ilegais e 3 postos de gasolina” foram destruídos no campo de refugiados de Shuafat, o único em Jerusalém Oriental, onde vivem 24 mil palestinos.

Representantes das autoridades israelenses entraram no campo durante uma operação para destruir os estabelecimentos, enquanto a polícia formava um perímetro de segurança, constatou a AFP no local.

“O município seguirá atuando, com o apoio da polícia, contra o comércio ilegal”, destacou um comunicado da polícia.

Ahmad Abou Holy, dirigente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) no campo de Shuafat, condenou as demolições, segundo a WAFA, a agência oficial de imprensa da autoridade palestina.

Khader Dibs, outro dirigente do campo, também condenou a derrubada das lojas, que segundo ele foram construídas em 2007.

Os proprietários das lojas disseram que receberam os comunicados apenas 12 horas antes da remoção.

Cercado pelo muro de separação construído por Israel, o campo de Shuafat quase não tem serviços municipais.

Israel ocupa Jerusalém Oriental desde a Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, e anexou esta parte da cidade, em decisão não reconhecida pela comunidade internacional.