16/02/2017 - 10:07
SÃO PAULO, 16 FEV (ANSA) – As autoridades palestinas alertaram os Estados Unidos e o seu presidente, Donald Trump, nesta quinta-feira, dia 16, sobre abandonar a política dos dois Estados, questão-chave nos conflitos entre israelenses e palestinos.
“Se a administração de Trump rejeitar essa política isso iria destruir as chances de paz [na região] e ameaçar os interesses norte-americanos, sua posição e a sua credibilidade no exterior”, disse Hana Ashrawi, um dos membros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Nesta quarta-feira (15), o mandatário norte-americano mostrou uma mudança histórica no posicionamento da maior potência econômica mundial em relação à política.
Durante a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, à Casa Branca, nesta quarta-feira (15), os dois líderes conversaram sobre a relação entre os dois países, a situação de crise do Oriente Médio e a nomeação do embaixador norte-americano na nação judaica.
Na coletiva de imprensa entre os dois, Trump deu a entender que a criação de um Estado palestino não precisa ser a única solução para a crise da região, posição contrária a dos últimos presidentes norte-americanos.
“Estou olhando para as soluções de um-Estado e dois-Estados, e eu gosto da que as duas partes gostarem. Se Israel e os palestinos estiverem felizes, eu estarei feliz com a qual eles mais gostarem”, afirmou o mandatário.
No encontro, o ex-empresário e magnata também disse que “os Estados Unidos irão encorajar a paz e, de verdade, um ótimo acordo de paz”. “Nós estaremos trabalhando nisso [de uma maneira] muito, muito diligente”, disse Trump.
Além disso, ainda nesta quinta, a Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano realizará uma “dura” audiência ao homem indicado por Trump para assumir o cargo de Embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, ex-advogado pessoal do presidente que apoia abertamente os assentamentos israelenses em territórios palestinos.
Na última quarta, cinco ex-embaixadores do país escreveram uma carta onde diziam que o pretendente não é qualificado para a posição por suas “posições extremas” e “radicais”. (ANSA)