Principais partidos que sustentam o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Progressistas (PP) e Partido Liberal (PL) tendem a adotar posturas distintas nas alianças para as eleições de outubro.

Empossado recentemente no comando nacional do PP, o deputado federal Cláudio Cajado (BA) reflete a posição dúbia do partido: no âmbito federal, apoia e jura fidelidade a Bolsonaro. E, na Bahia, ele e o PP estão escorados na base do governador Rui Costa (PT). O vice de Rui, João Leão, é do Progressistas e pré-candidato ao Palácio Ondina.

Ciente da dificuldade da verticalização nacional do apoio, Cajado e líderes do PP têm dito que o partido não fechará questão nem colocará imposições nas alianças nos Estados.

Já no PL, com dois mandões no comando – Bolsonaro e Valdemar Costa Netto -, a ordem é espelhar a aliança nacional nos estados, sem liberar alianças que constranjam o presidente nas visitas. E vão punir quem descumprir a determinação do partido.

A jogada do Progressistas é clara. Apesar de seu maior expoente – quem realmente manda no partido – Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil, ser neoaliado de Bolsonaro, ele já foi também homem forte dos governos de Lula e Dilma segurando a base no Congresso Nacional. Liberando o partido nos Estados, para fechar até com o PT de Lula, ele fica com um pé no petismo em eventual vitória de Lula. O que não se descarta também no PL de Valdemar, outro ex-aliado petista.

Com Walmor Parente