ROMA, 13 JUL (ANSA) – A partir do dia 15 de julho, três missões espaciais feitas por diferentes países terão como destino final explorar Marte através de robôs e alta tecnologia. China, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos aproveitarão o período em que o planeta vermelho está mais próximo da Terra para fazer missões exploratórias independentes. A aproximação entre os dois astros ocorre uma vez a cada 780 dias e segue até meados de agosto. Após essa janela, um novo período será registrado apenas em 2022.   

A primeira delas é a missão árabe “Hope” (“Esperança”), que será enviada no dia 15 de julho pelo Centro Espacial de Tanegashima, no Japão. A expedição tem como meta estudar a atmosfera de Marte, criando um mapa do clima do planeta ao longo de um ano marciano – o que equivale a 20 meses da Terra. A ideia é estudar e entender como funciona o planeta, com suas divisões por “estações”.   

No dia 30, será a vez da China realizar sua primeira missão para Marte com a “Tianwen-1” (“Busca pela verdade celeste”), que enviará dois veículos para o local – cada um equipado com seis instrumentos de análise. A aterrisagem deve ocorrer em fevereiro de 2021. Nunca antes Pequim teve um objetivo tão claro como o dessa ação, que buscará estudar a atmosfera marciana, a estrutura interna e da superfície do astro, com uma particular atenção a possíveis traços de água e eventuais formas de vida.   

Entre 30 de julho e 15 de agosto será a vez da norte-americana “Perseverance” (Perseverança), o quinto rover que a Nasa se prepara para mandar para Marte. A missão, que deve partir da base de Cabo Canaveral, na Flórida, deve chegar ao destino final em março de 2021 para recolher as primeiras amostras do solo marciano destinadas a serem mandadas para a Terra, provavelmente, até 2031. Também será enviado um pequeno helicóptero com capacidade de voo de até 10 metros de altura.   

Além disso, a missão que faz parte do aguardado programa “Marte 2020” também mandará uma lista com 10,9 milhões de nomes de entusiastas e uma homenagem para os profissionais de saúde que atuaram na pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). (ANSA)