Vários líderes de países do Pacífico anunciaram um acordo nesta quarta-feira (28), durante uma reunião de cúpula em Tonga, sobre um plano para criar uma força de polícia regional que consiga limitar a crescente influência da China na segurança da área, anunciou o primeiro-ministro australiano.

A iniciativa, que provoca receios entre alguns países próximos a Pequim, envolveria a criação de quatro centros de treinamento regionais e o estabelecimento de uma força multinacional de quase 200 agentes que seria enviada para reprimir crises ou ajudar em zonas de desastre.

“Isto demonstra que os líderes do Pacífico trabalham juntos para moldar o futuro que queremos”, disse o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.

A Austrália, historicamente, é um aliado de segurança preferencial na região, liderando missões de paz em países como as Ilhas Salomão ou treinando agentes em Nauru, Fiji ou Papua-Nova Guiné.

Nos últimos anos, porém, Pequim tentou expandir sua influência na região com os cursos de formação para forças policiais de países com poucos recursos, aos quais também fornece veículos de fabricação chinesa.

Por exemplo, o país mantém um pequeno contingente policial nas Ilhas Salomão, cujos representantes na reunião de Tonga criticaram o plano aprovado como “uma doutrina de segurança geoestratégica” para isolar a China e garantiram que revisarão o texto antes da aprovação.

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