A morte do opositor russo Alexei Navalny, de 47 anos, nesta sexta-feira (16), em uma prisão no Ártico, provocou indignação da ONU, assim como das potências ocidentais e dos países do antigo bloco comunista, que atribuíram a responsabilidade ao “regime russo”.

ONU: Guterres pede uma investigação ‘crível’

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu uma investigação “completa, crível e transparente” sobre as causas da morte, indicou seu porta-voz Stéphane Dujarric.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) também se declarou “indignado” com a morte do opositor e pediu “o fim das perseguições” na Rússia.

EUA: Putin e seus ‘criminosos’ são responsáveis

O presidente americano Joe Biden afirmou que seu par russo, Vladimir Putin, era responsável pela morte do opositor russo.

“Não sabemos exatamente o que aconteceu”, mas, em última instância, é culpa de Putin e de seus “criminosos”, declarou o líder americano, que disse estar “indignado”.

UE: o ‘regime’ russo, ‘único responsável’

A União Europeia considera que o “regime russo é o único responsável pela morte trágica” de Navalny, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Navalny “lutou pelos valores da liberdade e da democracia. Por seus ideais, ele fez o sacrifício final”, disse Michel na rede social X.

Ucrânia: Putin deve ‘prestar contas’

“É evidente para mim que [Navalny] foi assassinado como milhares de outros que foram torturados até a morte por causa de uma única pessoa, Putin, que não se importa com quem morre, desde que mantenha a sua posição”, disse o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, cujo país, uma ex-república soviética, enfrenta uma invasão russa há dois anos.

Para a Polônia, Putin é ‘o responsável’

Navalny “foi culpado por desafiar Vladimir Putin […]. Foi colocado na prisão, onde permaneceu em condições terríveis. Vladimir Putin é responsável por tudo isso”, declarou o chefe da diplomacia polonesa, Radoslaw Sikorski, à agência polonesa PAP.

“Alexei, nunca nos esqueceremos de você. E nunca os perdoaremos”, declarou o primeiro-ministro polonês Donald Tusk na rede social X.

Letônia: Navalny ‘brutalmente assassinado pelo Kremlin’

Navalny “acaba de ser brutalmente assassinado pelo Kremlin, é um fato e é algo que deve ser conhecido sobre a verdadeira natureza do atual regime na Rússia”, declarou o presidente letão, Edgars Rinkevics, na rede social X.

Estônia: Navalny morreu por causa de ‘um regime desonesto’

A morte de Navalny “é uma lembrança sombria do regime desonesto com o qual somos confrontados e a razão pela qual todos os responsáveis devem responder por cada um dos seus crimes”, escreveu na rede X a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, contra quem o governo russo emitiu esta semana um mandado de prisão devido à remoção de memoriais da época em que a Estônia fazia parte da União Soviética.

Reino Unido: ‘imensa tragédia’ para o povo russo

O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak lamentou a “imensa tragédia” que a morte do opositor representa para o povo russo e prestou homenagem à “coragem” do “mais ferrenho defensor da democracia na Rússia”.

O chefe da diplomacia e ex-premiê David Cameron alertou que o presidente russo terá que “ser responsabilizado pelo que aconteceu, ninguém deve duvidar da natureza terrível do seu regime”.

França: Navalny foi vítima de ‘sua resistência a um sistema de opressão’

“Na Rússia de hoje, colocamos espíritos livres no gulag e os condenamos à morte”, reagiu o presidente francês Emmanuel Macron na rede social X.

Navalny “pagou com a vida a sua resistência a um sistema de opressão”, destacou o chanceler francês Stéphane Séjourné.

Alemanha: Navalny pagou ‘por sua valentia’

O opositor russo “pagou com a vida por sua valentia”, lamentou o chefe do governo alemão Olaf Scholz, que ofereceu suas condolências.

Espanha exige ‘esclarecimento’ da morte

O presidente de governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, disse estar “chocado” com a morte de Navalny, que foi “injustamente preso pelo regime de Putin por sua defesa dos direitos humanos e da democracia”.

O ministro das Relações Exteriores José Manuel Albares exigiu “esclarecimentos das circunstâncias” da morte do opositor.

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