ELMAU, 26 JUN (ANSA) – Os líderes do G7, grupo que reúne os sete países mais ricos do mundo, anunciaram neste domingo (26) que vão banir a importação de ouro proveniente da Rússia.   

A medida foi divulgada na abertura da cúpula do G7 nesta manhã, na Alemanha, e faz parte de uma série de sanções do grupo contra Moscou na tentativa de isolar ainda mais o regime de Vladimir Putin após a invasão à Ucrânia.   

“Os Estados Unidos impuseram custos sem precedentes a Putin para negar a ele os recursos necessários para financiar sua guerra contra a Ucrânia. Unido, o G7 anunciará a proibição da compra de ouro russo, uma exportação significativa que arrecada dezenas de bilhões de dólares para a Rússia”, escreveu o presidente dos EUA, Joe Biden, no Twitter.   

De acordo com o premiê do Reino Unido, Boris Johnson, a proibição do ouro da Rússia “atingirá diretamente os oligarcas russos e o coração da máquina de guerra de Putin”.   

“Putin está desperdiçando seus escassos recursos nesta guerra sem sentido e bárbara. Ele está bancando seu ego às custas dos povos ucraniano e russo. Precisamos privar o regime de Putin de seu financiamento”, afirmou.   

Apesar da confirmação, fontes oficiais ouvidas pela ANSA informaram que as negociações sobre a proibição do ouro russo ainda não foram encerradas.   

O norte-americano e os outros líderes do G7, incluindo o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, estão reunidos para debater principalmente formas de garantir o fornecimento de energia e combater a inflação, embora ainda haja divergências sobre os temas.   

“Devemos ficar juntos. Putin espera que alguém do G7 e da Otan se separe, mas isso não aconteceu e não acontecerá”, enfatizou Biden ao chanceler alemão, Olaf Scholz. “Estamos unidos, estamos juntos”.   

Washington teria interesse em discutir um teto para o preço do petróleo, mas a questão converge com a do limite no valor do gás, explicou uma fonte do governo norte-americano.   

Segundo os relatos, ainda “não houve uma discussão muito ampla sobre o teto de preço ao valor do petróleo”. Além disso, o presidente do conselho da UE, Michel, explicou que os países da UE devem ser impedidos de se tornarem vítimas colaterais das sanções e pediu um acordo para a saída do grão dos portos do Mar Negro.   

Antes do início da sessão da tarde da cúpula, os líderes do G7 passearam pelos jardins do Castelo de Elmau e tiraram fotos. Ao longo do caminho, Draghi passou muito tempo conversando com o presidente francês, Emmanuel Macron. (ANSA)