BERLIM, 17 JUL (ANSA) – O balanço das vítimas da forte onda de mau tempo registrada em diversos países europeus desde a quarta-feira (14) não para de aumentar e já soma 157 mortes.   

A Alemanha é a mais afetada, com 133 falecimentos na tragédia e centenas de desaparecidos. Já a Bélgica soma 24 mortes e, ao menos, 20 pessoas desaparecidas – mas as autoridades reconhecem que não sabem o número exato porque o acesso às áreas mais atingidas é bastante difícil.   

A região alemã mais atingida é a Renânia-Palatinado, que contabiliza 90 mortes. As outras 43 estavam em cidades do estado de Renânia do Norte-Vestfalia.   

Apesar das chuvas estarem caindo de maneira mais leve, mais de 700 pessoas precisaram ser retiradas da cidade de Wassenberg, próxima à fronteira com os Países Baixos, por causa de uma enchente provocada pelo rompimento de uma barreira no rio Ruhr.   

Na Bélgica, o premiê Alexandre De Croo e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visitaram as áreas atingidas pela tragédia, majoritariamente, na província de Liège. Ao todo, 120 cidades foram afetadas em maior ou menor grau, mas os níveis dos rios que cortam a área estão baixando lentamente.   

Mas, o centro de crise nacional afirmou que “o balanço das vítimas vai aumentar ainda nas próximas horas e dias” e que “os serviços de emergência estão fazendo uma busca contínua em campo”.   

Além dos dois países que contabilizaram vítimas, a onda de mau tempo causou danos materiais e evacuações de moradores nos Países Baixos, França, Luxemburgo e Suíça. A Alemanha considera essa a pior catástrofe climática do país em 100 anos.   

Uma pesquisa europeia divulgada neste sábado pelo Projeto de Pesquisa Titan, realizado pelo programa europeu Espon, mostra que entre os anos de 1995 e 2017, as enchentes, tempestades, secas e terremotos causaram danos de quase 77 bilhões de euros na União Europeia. Destes, 43,5 bilhões estão diretamente ligados aos desastres naturais e 33,4 bilhões são derivados de danos econômicos em áreas atingidas por calamidades. (ANSA).