VERONA, 3 DEZ (ANSA) – O jovem Filippo Turetta, estudante de engenharia biomédica da Universidade de Pádua, de 21 anos, que confessou ter assassinado sua ex-namorada Giulia Cecchettin, 22 anos, e está detido em uma penitenciária em Verona, recebeu a visita de seus pais neste domingo (3).   

Esta é a primeira vez que o casal, Nicola Turetta e Elisabetta Martini, encontra com o filho depois de sua prisão na Alemanha, em 19 de novembro, e sua extradição para a Itália.   

Segundo fontes da ANSA, os três tiveram uma breve conversa e Turetta chorou e expressou pesar por seu ato “terrível”.   

No último dia 29, os dois chegaram a se recusar a visitar Turetta na prisão de Montorio, apesar da autorização do Ministério Público, alegando a necessidade de apoio psicológico.   

Paralelamente, o pai de Cecchettin disse esperar que o funeral da filha, marcado para a próxima terça-feira (5), em Pádua, envie uma mensagem de participação na luta contra o feminicídio na Itália.   

“Escolhemos uma grande igreja para que se transmita uma mensagem de grande participação, queríamos que fosse assim para que esta mensagem se transmitisse”, declarou Gino Cecchettin em frente à sua casa em Vigonovo, perto de Veneza.   

O funeral será realizado às 11h de terça, na basílica de Santa Giustina, em Pádua, um dos maiores locais de culto da Europa e que conta com uma das maiores praças, capaz de acomodar os milhares de enlutados e ativistas contra o feminicídio que são esperados.   

“Estou preparando uma mensagem escrita que lerei naquele dia”, acrescentou Cecchettin, explicando que não é “bom com palavras”.   

“Pergunte-me sobre eletrônica, se houver alguma coisa… mas estou tentando dizer as coisas da melhor maneira que posso”.   

(ANSA).