O Ministério da Saúde promove neste sábado, 8, o Dia D contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A campanha nacional ocorre em todos os estados e municípios e intensifica medidas de prevenção às arboviroses, que costumam aumentar no início do ano. Dentre as principais ações estão mutirões de limpeza, visitas domiciliares dos agentes de combate e atividades educativas.
De acordo com o ministério, 30% das cidades brasileiras estão em estado de alerta para dengue e um levantamento recente mostra que, em mais de 3,2 mil municípios, a maior parte das larvas do mosquito foi encontrada em vasos, pneus, caixas d’água, cavidades de árvores e calhas.
Até o momento, o Painel de Monitoramento das Arboviroses registra 1.623.310 casos prováveis de dengue neste ano e 1.711 mortes em decorrência da doença no País.
Dia D no Estado de São Paulo
São Paulo é o Estado com mais casos prováveis de dengue em 2025, segundo o painel do ministério, com 893.245 registros.
Além do Dia D realizado neste sábado, o governo paulista também promoverá ações de intensificação entre os dias 10 e 14 de novembro, com visitas domiciliares, mutirões de limpeza e orientação à população em todos os 645 municípios do Estado.
O governo alerta para o risco de expansão da doença devido às mudanças climáticas, como aumento das temperaturas e das chuvas, que favorecem a proliferação do mosquito, e lembra que mantém o portal “Dengue 100 Dúvidas” para esclarecer as principais questões sobre a arbovirose.
Sintomas e vacinação
Febre alta, dor atrás dos olhos, dor nos músculos e articulações, manchas avermelhadas, coceira na pele e náusea estão entre os principais sintomas da dengue e indicam a necessidade de procurar ajuda médica.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina contra a dengue Qdenga para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O imunizante, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pessoas de 4 a 60 anos, também está disponível na rede particular.
Segundo o ministério, há a expectativa de que a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan seja aprovada pela agência até o fim do ano e de que, em 2026, sejam disponibilizadas 40 milhões de doses do imunizante.
Também no próximo ano, o ministério afirma que pretende investir R$ 183,5 milhões em medidas como implementação de estações com larvicidas, uso de mosquitos estéreis e ampliação do método Wolbachia de 11 para 70 cidades para combate e controle das arboviroses causadas pelo Aedes aegypti.