Pais e responsáveis de alunos da Escola Americana do Rio de Janeiro (EARJ) criaram um abaixo-assinado na internet para interromper a exigência de vacinação dos alunos de cinco a 11 anos contra a covid-19. Ao menos duas unidades da escola na capital carioca comunicaram na sexta-feira (7) que a imunização dos estudantes é uma condição para a retomada das atividades presenciais na escola.

Até o momento, o abaixo-assinado já possui mais de 400 assinaturas. No entanto, como ele se encontra aberto na internet, qualquer um pode assiná-lo.

“A vacinação de crianças deve ser uma atribuição dos pais, não cabendo ao diretor da escola ou à sua diretoria, o direito moral ou a competência médica para compelir os pais a vacinarem suas crianças, sob pena de privá-los de frequentar presencialmente a escola”, diz trecho do abaixo-assinado.

Procurada pelo Uol, a assessoria de imprensa da escola disse que o colégio não vai se manifestar.

Vacinação no Rio de Janeiro

Na quinta-feira (6), o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse que espera que pelo menos 90% das 560 mil crianças entre 5 e 11 anos da capital sejam vacinadas contra a covid-19. A prefeitura anunciou que a vacinação infantil começa no próximo dia 17.

“A vacinação das crianças é fundamental. É uma das coisas mais importantes para se proteger da variante Ômicron, que se dissemina muito mais rápido e também se dissemina mais rápido em crianças”, disse o secretário, durante a inauguração do novo centro de atendimento a pacientes com síndrome gripal, no Clube Municipal do Servidor, na Cidade Nova, na região central do Rio. Nossa principal arma contra a variante Ômicron é a cobertura vacinal com a dose de reforço e a vacinação para crianças”.

Soranz reforçou que a vacina da Pfizer é muito segura e já foi aplicada em mais de 14 milhões de crianças pelo mundo em países como Estados Unidos, no Canadá, na União Europeia, Israel e Austrália.

A vacina da Pfizer é a única autorizada até o momento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa etária. Segundo a agência, a imunização contra a covid-19 é segura e têm eficácia comprovada contra o agravamento da doença.