Internado desde o fim de março para tratar uma inflamação do nervo ótico, Bernardo Otero Grossi, de 31 anos, viu o nascimento da sua filha Olívia através de uma videochamada.

Além do parto, Bernardo já vinha acompanhando as últimas consultas de pré-natal da mulher por meio do celular. “Como eu já sabia que não ia conseguir acompanhar o parto, decidimos usar o recurso da videochamada. Acompanhei todo o processo, desde o início, internação, evolução e o momento mais mágico, que foi ver a Olívia chegar ao mundo. Fiquei tão emocionado que comecei a passar mal de novo, mas deu tudo certo”, contou.

Grossi não vê a hora de receber alta para carregar a filha e reencontrar a mulher, Maria Luiza Zacour, de 29 anos. “Momento muito difícil, ao mesmo tempo. Eu a conheci, mas não pude carregar no colo, né? Não dá para descrever a sensação. Preciso continuar forte para sair o quanto antes para conhecer a pequena pessoalmente”, disse ele.

“Passamos por algo que nunca poderia imaginar. Ele é muito presente e participativo em tudo, e com a gestação não foi diferente. Não ter ele no parto é algo que nunca passou pela cabeça. Acreditávamos que ele sairia do hospital a tempo do parto, que seria algo rápido e ele ficaria pouco lá”, afirmou Maria Luiza ao G1.

Maria e Olívia já estão em casa passam bem e esperam Bernardo chegar também, “100% recuperado”. “Temos que acreditar que dias melhores virão e que vai dar tudo certo. Tudo vai ficar bem logo”, concluiu.

Hemmerson Magioni, médico obstetra que acompanhou o nascimento da Olívia, explicou que, além de uma cena “bonita e humanizada”, ter o companheiro assistindo ao parto e conversando com a mulher, mesmo sendo por meio de vídeo, fortalece o vínculo familiar.