O pai do menino Henry, Leniel Borel, disse durante seu depoimento na audiência preliminar do julgamento dos acusados de matar seu filho, nesta quarta-feira (6), que sofreu ameaças veladas após a repercussão do caso. As informações são do g1.

“Acho que foram ameaças veladas. O carro que fui levar meu filho pela última vez apareceu escrito: Filho da puta. Depois, um cara gordinho, de máscara, apareceu na minha casa dizendo que era meu amigo e trabalhava embarcado comigo. Eu nem trabalho mais embarcado. Acho que, sabendo como o Jairo intimida as pessoas, foi uma ameaça do tipo: sei onde você mora”, disse Leniel.

Ele também contou que, recentemente, passou por outro episódio, quando uma viatura da polícia com a sirene desligada o seguiu e o abordou sem justificativa na entrada do seu condomínio.

“Fui fechado por esse carro de polícia na entrada do condomínio e perguntei o que estava acontecendo. Eles disseram que não era nada e que eu podia entrar, foi intimidante”, disse o pai de Henry.

Durante seu depoimento, Leniel também lembrou da última conversa que teve com o filho, e que ele não queria mais voltar para a casa da mãe porque, segundo ele, “a mamãe não é boa”. A professora Monique Medeiros, mãe do garoto, chorou durante o depoimento de Leniel.

Ela e o companheiro, o ex-vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, são acusados pela morte do menino, ocorrida em março deste ano.

O ex-vereador foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, tortura e impossibilidade de defesa da vítima, com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos, tortura e coação de testemunha.

Já Monique, que alega que vivia em uma relacionamento abusivo com Jairinho, foi denunciada por homicídio triplamente qualificado na forma omissiva imprópria, com aumento de pena por se tratar de menos de 14 anos, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.