Uma ex-aluna de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie é investigada pela Polícia Civil por suspeita de ter desviado R$ 62,5 mil. A advogada Simone Haidamus, que representa os alunos lesados, afirmou que o pai da jovem tentou negociar a dívida, mas não houve acordo.

Resumo:

  • A jovem era tesoureira da Interfau;
  • Ela é suspeita de ter desviado para contas pessoais o dinheiro arrecadado pelo Mackenzie e outras universidades;
  • O pai da jovem tentou negociar a dívida, mas não houve acordo.

+ Ex-aluna do Mackenzie é investigada por desviar R$ 62 mil e viajar para a Disney

À IstoÉ, a advogada relatou que em março deste ano houve uma reunião entre a ex-aluna e os representantes da associação atlética do Mackenzie. Na ocasião, ela teria afirmado que estava com o dinheiro e assinou uma ata, na qual se comprometia a devolver a quantia.

O pai da jovem, que também é advogado, participou da reunião, tentou negociar a dívida e pediu para que Alessandra Rosa, presidente da atlética do Mackenzie, assinasse um comprovante de quitação da dívida. “Mas ela não fez isso, porque o valor não havia sido depositado”, explicou Simone.

Depois, o pai e a estudante afirmaram por diversas vezes que o valor iria ser pago. “O último contato foi em maio deste ano. Depois, a ex-aluna bloqueou os estudantes e não obtivemos mais retorno. Por conta disso, no dia 24 de julho, juntamos todos os documentos e solicitamos a instauração de um inquérito policial”, destacou a advogada.

A partir desse momento, a ex-aluna do Mackenzie passou a ser investigada por apropriação indébita por desvio de R$ 62,5 mil e viajar para um programa de estágio na Disney, em Orlando (EUA).

O que é o Interfau

A ex-aluna era tesoureira da Interfau, uma competição esportiva de faculdades paulista de arquitetura e urbanismo. A jovem teria desviado dinheiro para suas contas pessoais. As universidades arrecadavam as quantias para a realização de jogos por meio de festas e vendas de itens.

Em setembro de 2022, quando houve a troca de gestão da Interfau, descobriram que o caixa estava zerado.

Por conta desse desvio, mais de mil estudantes foram prejudicados. “No ano passado, o valor investido foi de cerca de R$ 100 mil. Este ano, deve ser mais ou menos R$ 60 mil, porque o restante está com a ex-aluna. Os fornecedores das atividades estudantis do ano passado estão cobrando a presidente da atlética do Mackenzie, porque eles não receberam os valores acordados durante a gestão da ex-estudante”, afirmou a advogada.

O Mackenzie enviou um comunicado à IstoÉ no qual ressaltou que as associações atléticas possuem CNPJ próprios para realizarem as atividades esportivas. “Neste sentido, a Universidade Presbiteriana Mackenzie não tem responsabilidade sobre a organização e realização do evento ‘Interfau’”, afirmou.

A universidade ainda destacou que a aluna suspeita “não mantém vínculo com esta universidade”.