O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) protagonizaram uma discussão no X. O bate-boca teve início quando o mandatário da cidade carioca chamou o juiz federal Marcelo Bretas de “delinquente”.

Na primeira publicação, Paes comentou um texto do juiz federal, que aborda indiretamente a tentativa de golpe de Estado e elenca as regras aplicáveis para avaliar a relevância de uma ação criminosa e concluiu que não há punição se o crime não chegou a ser executado.

O prefeito do Rio de Janeiro comentou: “Delinquente sendo delinquente”. O ex-juiz Sergio Moro, que foi colega de Bretas, tomou as dores e respondeu ao prefeito: “Delinquentes eram os seus amigos que ele prendeu”.

Paes, então, retrucou: “Vocês dois [Bretas e Moro] são o exemplo do que não deve ser o Judiciário. Destruíram a luta contra a corrupção graças à ambição política de ambos. Você ainda conseguiu um emprego de ministro da Justiça e foi mais longe na política. Esse aí [Bretas] nem isso. Ele era desprezado pelo próprio Bolsonaro, que fez uso eleitoral das posições dele. E quem me disse isso foi o próprio ex-presidente. Recolha-se a sua insignificância. Aqui você não cresce! Lixo!”.

O juiz federal também respondeu ao prefeito do Rio de Janeiro dizendo: “Palhaço. Eu conheço o seu passado, e ele não é nada engraçado. Sua hora vai chegar!”.

Indiciamentos

A Polícia Federal indiciou na quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa por uma suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O relatório produzido pela corporação ainda apontou que havia o plano de matar o presidente, o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que em 2022 era presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).