CIDADE DO VATICANO, 18 SET (ANS) – Um padre italiano, Pierluigi Maccalli, foi sequestrado no Níger, na África Subsaariana, na madrugada desta terça-feira (18).   

Em entrevista à agência vaticana “Fides”, o sacerdote Mauro Armanino, missionário em Niamey, capital do país africano, disse que o rapto é obra de “supostos jihadistas”.   

“Há alguns meses, a região se encontra em estado de emergência por causa da presença de terroristas provenientes de Mali e Burkina Faso”, declarou Armanino.   

Maccalli, originário da diocese de Crema, no norte da Itália, já havia sido missionário na Costa do Marfim e trabalha na paróquia de Bomoanga, perto da fronteira com Burkina. Suspeita-se que um dos motivos do sequestro possa ter sido sua atuação para evangelizar meninas vítimas de mutilação genital.   

O Ministério Público de Roma abriu um inquérito por “sequestro de pessoas a fim de terrorismo”. Situado na África Subsaariana, o Níger é um dos países de trânsito dos deslocados internacionais que partem das nações vizinhas, como a Nigéria, para chegar à Líbia e tentar cruzar o Mediterrâneo rumo à Itália.   

O país fica no Sahel, espécie de cinturão árido abaixo do deserto do Saara, e, durante as gestões de Matteo Renzi e Paolo Gentiloni, era um dos focos da política externa da Itália para conter a crise migratória e o terrorismo.   

Recentemente, Roma abriu uma embaixada em Niamey e enviou 50 milhões de euros para reforçar as fronteiras nigerinas, além de ter autorizado uma missão militar na nação africana, como parte de um plano para estabilizar o Sahel. (ANSA)