Nesta quinta-feira (06), o português António Teixeira, conhecido como Padre Tó, foi condenado a quatro anos e meio de prisão por desviar o dinheiro de ofertas e vender a arte sacra da paróquia de Santo Condestável, em Lisboa, em Portugal, onde foi pároco.

De acordo com o Tribunal Criminal de Lisboa, o padre foi condenado pelo crime de abuso de confiança agravado, por ter se apropriado de 110 mil euros do dinheiro das esmolas dos fiéis, e por furto qualificado após ganhar 131 mil euros com as peças de arte. Somados, os valores podem chegar a R$ 1,5 milhão.

Segundo o jornal Correio da Manhã, a sentença também obriga António a depositar todos os meses 750 euros de indenização para a paróquia, até completar a quantia roubada. O sacerdote ainda terá que indenizar os antiquários que compraram a arte sacra vendida sem autorização.

Padre Tó também estava sendo acusado de roubar dinheiro da paróquia Nossa Senhora dos Remédios, em Carcavelos, mas foi absolvido porque as autoridades não conseguiram reunir provas suficientes para a condenação.

A denúncia do Ministério Público apontava que Teixeira tinha usado o dinheiro na compra de pelo menos 19 carros ao longo dos anos. Entre os itens vendidos tinham objetos como um cálice cerimonial adornado com safiras, rubis e esmeraldas, objetos em prata ou marfim, como crucifixos, além de várias imagens do século XVII.

Na época das acusações, o sacerdote negou sua participação nos crimes e justificou os gastos como ações de gestão necessárias para as igrejas. Contudo, os promotores concluíram que a compra dos veículos foi uma forma de dissimilar a origem do dinheiro.