O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou nesta tarde de quarta-feira, 28, que o presidente Michel Temer se reunirá com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e com os futuros ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para discutir a elaboração de uma medida provisória que viabilize a votação da cessão onerosa da Petrobras no Senado.

Questionado sobre qual é a posição do governo em relação ao tema, Padilha afirmou apenas que há uma disposição da atual administração para fazer o que for possível “para facilitar para o próximo governo”. Sobre a posição de Guardia, que já indicou ser contra a repartição de parte do bônus da cessão onerosa com Estados e municípios, Padilha disse que ele não é contra a divisão, mas sim, contra a forma como a questão foi proposta. “Ele tem uma forma que entende que pode ser feita e é isso que vai ser discutido também”, disse.

A edição de uma medida provisória é parte de uma estratégia para viabilizar a votação da matéria no Senado ainda nesta quarta. Esta MP poderá destinar 20% do bônus da cessão onerosa para Estados e municípios. Ela seria uma saída para que o Senado não tenha que alterar o texto em votação, que não prevê a repartição, fazendo com que ele tivesse que voltar para análise da Câmara.

A votação do projeto estava na pauta de terça-feira do Senado, mas o presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), deixou para esta quarta justamente para que houvesse mais tempo de negociação.

O impasse fez com que o senador Romero Jucá (MDB-RR) reassumisse a liderança do governo no Senado, que estava sob comando do senador Fernando Bezerra (MDB-PE). Pelo Twitter, Jucá justificou que sua volta ao posto teria relação com “uma licença” que deixaria Bezerra fora de atividade por algumas semanas. Nos bastidores, no entanto, líderes partidários admitem que o objetivo é que o senador de Roraima tenha papel decisivo na negociação para aprovação do tema.

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