O curitibano Kenny Tsushima é um deles. Depois de ouvir de conhecidos e amigos que conseguiram se vacinar nos Estados Unidos com facilidade e sem ter que comprovar residência, ele comprou uma passagem, no último domingo, para tentar antecipar a sua imunização. Aos 34 anos, a perspectiva de vacinação de Tsushima em Curitiba é no fim do ano ou em 2022, já que a vacinação anda a passos lentos no Brasil. Em Miami, na Flórida, Tsushima espera ser imunizado no mês que vem.

Mas, para se imunizar nos EUA, é preciso fazer quarentena em outro país, já que os EUA não aceitam passageiros vindos diretamente do Brasil. Tsushima escolheu ficar na Cidade do México dentro do hotel para manter o isolamento social. Outros turistas escolhem esperar nas praias do mar do Caribe.

São dois perfis que as agências de viagens no Brasil criaram os chamados “pacotes da vacina”. Esses pacotes incluem passagem e hospedagem de ida e volta, geralmente, para Miami ou Nova York, com 14 dias na Costa Rica, República Dominicana ou México. Os compradores tem de 20 a 40 anos e geralmente viajam em família. Cada pacote custa de 17 mil reis a 20 mil reis. Mas a estadia permite tempo apenas a primeira dose.

A única vacina de dose única é a Johnson & Johnson. As demais, Moderna e da Pfizer-BioNTech, precisam ser aplicados duas vezes, com intervalo de 28 e 21 dias, respectivamente. Para tomar as duas doses, é necessário desembolsar de 500 reais a 700 reais por dia, valor médio da hospedagem, totalizando de 10 mil reais a 14 mil reais. As agências sempre avisam que não há garantia da vacinação, é por conta e risco de quem compra.