ROMA, 15 MAR (ANSA) – Militares russos estariam mantendo pacientes reféns no hospital de Mariupol, na Ucrânia, informou a ONG Media Human Rights Iniative (MHRI) para a jornalista Anastasia Magazova nesta terça-feira (15).
A repórter, que trabalha para a rádio “Free Europe” e para “BBC”, afirmou que recebeu informações da organização relatando que a área de terapia intensiva da unidade foi tomada por tropas russas. Os soldados teriam disparado dentro do local e impedido todas as pessoas de deixarem o local – quem tentou, foi ferido.
A notícia também foi repercutida pelo canal do Telegram “Ukraine Now”, que cita um médico do local. “Não podemos deixar o hospital. Há tiroteios e bombardeios. Estamos na cantina e nenhum carro pode chegar próximo daqui há dois dias. Os russos obrigaram 400 pessoas que estavam na área próxima a entrar no hospital e ninguém está autorizado a sair”, disse o profissional.
Mariupol vive uma das situações mais dramáticas da guerra na Ucrânia, estando sitiada pelas tropas russas desde o início do conflito, em 24 de fevereiro. São cerca de 350 mil cidadãos presos na cidade e apenas nesta segunda-feira (14) o corredor humanitário foi retomado plenamente.
Desde então, segundo a prefeitura local, mais de dois mil carros de civis conseguiram deixar a cidade sitiada. Mais de 2,5 mil pessoas já morreram no município, que fica em uma localidade estratégica situada às margens do Mar de Azov, no sudeste do país. Além dos militares russos, Mariupol também está cercada pelos rebeldes pró-Rússia da autoproclamada república de Donetsk. (ANSA).