17/09/2024 - 19:39
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta terça-feira, 17, o agronegócio brasileiro e disse que “não podemos achar que é vergonhoso sermos o maior produtor de soja do mundo”. A declaração foi dada na reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e autoridades dos Três Poderes da República sobre a situação climática brasileira.
Pacheco disse que o “Brasil é um país que possui leis ambientais, cuja potencialidade do agronegócio se faz em 20% do território, com 66% em estado natural e preservado”. Defendeu, porém, que “todo esse nosso comprometimento com a questão climática não pode afetar algo fundamental para o combate, que é a geração de riqueza do Brasil”. O senador citou uma ideia de que comunidades que estão nos biomas possam ter benefício de manter florestas intactas em pé.
“Não podemos achar que é vergonhoso sermos o maior produtor de soja do mundo, de celulose, açúcar, gado, petróleo. Temos de ter orgulho do nosso desenvolvimento econômico, gerarmos riqueza e fazer com que ela seja melhor distribuída e fazermos com que comunidades que hoje estão nesses biomas possam ter um benefício em manter essas florestas intactas e não precisem se valer delas para se sustentarem”, afirmou.
Pacheco também citou como uma ideia a “excepcionalização do teto de gastos dos grandes projetos das Forças Armadas” voltados a esses esforços.
O presidente do Senado disse, ainda, que, em reunião nesta terça-feira com a presidente do Conselho Federal da Alemanha, Manuela Schwesig, discutiu um possível obstáculo para exportações brasileiras à União Europeia.
“Outra preocupação que me toca é que estamos na iminência, em 30 de dezembro de 2024, de termos o obstáculo das nossas exportações das nossas commodities e produtos agrícolas em função de uma compreensão da União Europeia acerca de produtos feitos a partir de desmatamento. Evidente que somos contra desmatamento ilegal, temos de rechaçar, punir e evitar. Mas é muito importante o esclarecimento público do Brasil de que supressão vegetal nos termos da lei ambiental, que é rigorosa, não constitui o desmatamento ilegal que precisa ser combatido”, declarou.