21/08/2024 - 10:38
O empresário Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de São Paulo (SP) nas eleições municipais deste ano, que busca apoio de Jair Bolsonaro (PL) na disputa, já foi crítico do ex-presidente. Em 2022, quando tentou entrar na corrida presidencial pelo Pros, o político declarou que o então chefe de estado era “fruto de um ato sexual entre Dilma Rousseff e Aécio Neves” e incapaz de “levar o Brasil ao próximo nível”.
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Pablo Marçal tenta arrancar votos de bolsonaristas que pretendem eleger Ricardo Nunes (MDB) e se atrelar ao ex-presidente para se eleger a prefeito. O empresário apoia Jair Bolsonaro desde 14 de setembro de 2022, quando declarou ser um “escudeiro” do então chefe de estado e disse ter “entrado de cabeça” na campanha do candidato à reeleição pelo PL na disputa eleitoral daquele ano.
Apesar disso, apenas oito dias antes, Marçal compartilhou em seu perfil do X (antigo Twitter) que o brasileiro estava cansado de “promessas vagas de politiqueiros”, afirmando que Bolsonaro não conseguiu cumprir suas palavras. “Já que ele não deu conta, é hora de mudar a rota e colocar alguém que consiga fazer o Brasil avançar”, escreveu.
Antes disso, Marçal escreveu que o ex-presidente e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não suportariam um debate com “um homem de verdade”. “Bolsonaro quer ser ‘zueiro’, mas na hora que ele pegar alguém que dê um tranco no cérebro dele, ele vai ver. E o Lula, bom, não tem nem o que falar”, comentou o empresário.
Durante o ano de 2022, Marçal fez inúmeros questionamentos à candidatura dos dois políticos para as eleições presidenciais. “Vocês acreditam mesmo que Lula e Bolsonaro querem crescer como pessoa? Eles estão abertos a aprender coisas novas? Abertos a deixar o orgulho e a vaidade de lado? Eu tenho certeza que vocês sabem a resposta”, pontuou.
No dia 10 de junho de 2022, o empresário disse não ser de esquerda ou de direita. “Essa turma tenta configurar nossa cabeça no modo preto e branco. Não somos nem Bolsonaro e nem Lula. […] Temos opções e vamos lutar por isso até depois do fim”, exclamou Marçal, exibindo uma postagem do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em que o parlamentar dizia ser um apoiador do PT quem afirmava não apoiar nenhum dos dois candidatos.
“O Bolsonaro é fruto de uma junção, de um ato sexual de Aécio Neves e Dilma Rousseff. Ele é como se fosse uma morfina, foi usado para diminuir as dores causadas pelos últimos governos do Brasil, mas não tem capacidade de levar o País ao próximo nível”, publicou Marçal no dia 27 de maio de 2022.
Pablo Marçal concorreu à presidência pelo Pros nas eleições daquele ano, mas a sigla optou por apoiar Lula e o empresário disputou uma vaga como deputado federal.
O site IstoÉ tentou contato com Pablo Marçal para obter um posicionamento referente ao caso. O texto será atualizado se uma resposta foi recebida.