O pré-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) acusou Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), de usar a máquina pública para atacá-lo e minar a candidatura. Segundo Marçal, o seu nome na corrida pelo Edifício Matarazzo está de pé e manteve esperanças de apoio de Bolsonaro em sua campanha.

Em entrevista ao site IstoÉ, Marçal afirmou que Carlos Bolsonaro usa a máquina pública para atacá-lo. Nos bastidores, os filhos do ex-presidente e parte da cúpula bolsonarista teria se movimentado para pressionar a desistência do empresário. 

“Agora, a gente tem algumas pessoas dentro do Bolsonarismo, tipo o Carlos Bolsonaro, que usa o sistema dele para ver se me ataca e se eu me levanto contra o pai dele, e eu não vou”, afirmou. 

Marçal tentou o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas recebeu um ‘não’ após as articulações do PL em prol de Ricardo Nunes (MDB). O empresário acusou Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, pela inviabilidade de Bolsonaro em sua campanha. 

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Entre elogios e afagos a Bolsonaro, Marçal afirmou que a falta de apoio de cacique político de peso não deve afetar sua candidatura. Para ele, as pesquisas o colocam em patamar elevado na disputa. 

“Por enquanto ele [Bolsonaro] não deu apoio e eu já tenho 14 pontos percentuais. Difícil vai ser o Bolsonaro em um palanque defendendo um cara que é de centro-esquerda. Quando você vê o Bolsonaro, vê que não tem paixão da parte dele [por Nunes] e nem um deputado quer apoiar o Nunes. Isso é coisa do Valdemar, e o Bolsonaro ficou refém disso”, declarou. 

“Bolsonaro perdeu com a máquina porque o sistema foi contra ele […] O Nunes que é herdeiro do Doria vai perder com a Máquina na mão e não vai adiantar a ajuda de ninguém. Ele é um personagem fraco. Ele é um cara que não tem pujança, e é por isso que eu entrei nessas eleições”.