O pré-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) atacou adversários nas eleições e minimizou as polêmicas em torno da sua campanha. Em entrevista exclusiva ao site IstoÉ, Marçal cravou que será eleito em primeiro turno e que não vê “capacidade” nos demais pré-candidatos.

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Ao ser questionado sobre os motivos que o fazem concorrer à cadeira do Edifício Matarazzo, o coach criticou a manutenção de políticos no cargo e classificou o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) como “fraco”. Na avaliação dele, o emedebista será “engolido” nos debates e ficará em 4º lugar nas eleições.

“Ele [Nunes] é fraco no debate, vai ser engolido pelo Boulos, e é aí que eu entro. Se o Nunes se comportar como um homem fraco, que ele é, se continuar assim, vai terminar em 4º lugar. Se ele melhorar um pouco, termina em terceiro. Pode anotar”, disse.

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“Ele não dá conta de levar São Paulo para lugar nenhum. Zero. Inclusive ele nem faz gestão como prefeito, […] ninguém é bobo, todo mundo vê na cara dele que ele precisa de ajuda. Eu vou falar que dia eu vou aliviar para ele: dia 6 de outubro, porque não vai ter segundo turno em São Paulo ”, ressaltou Marçal.

Pablo Marçal se lançou como pré-candidato em 24 de maio e é visto como um personagem que pode acirrar a disputa pelo voto da direita na capital. Atualmente, o beira os 10% das intenções de votos nas pesquisas.

Guilherme Boulos

Ao site IstoÉ, Marçal aproveitou para mirar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), a quem chamou de “grileiro”. O empresário ainda acusou o psolista de ser “apoiador de rachadinha”, já que o parlamentar foi o responsável por arquivar o processo de cassação contra André Janones (Avante-MG).

“Eu não vou deixar o Boulos levar essa eleição. São Paulo não quer um baderneiro, um apoiador de rachadinha. Ele institucionalizou a rachadinha, e eu estava lá no Conselho de Ética e eu vi. Prova cabal da Polícia Federal”, afirmou.

“Ele é um depredador de patrimônio público, um grileiro, que invade coisa dos outros, põe famílias em situação vulnerável para morar e ainda cobra aluguel. Se for rastrear tudo o que ele faz, ele é o cara que tem a imobiliária mais irregular do estado de São Paulo, coloca famílias para morar em condição de vulnerabilidade e cobra para isso. Ele não quer ajudar, ele quer uma renda passiva”, concluiu.

Pablo Marçal participou da sessão do Conselho de Ética em que Boulos leu o relatório, no dia 5 de junho. Convidado por bolsonaristas, o pré-candidato encarou e alfinetou o adversário após o término da audiência, causando tumulto na Câmara dos Deputados.

Tabata Amaral

Na entrevista, Marçal negou ter minimizado as mulheres após dizer que a deputada Tabata Amaral (PSB) não tem condições de ser candidata por não ser casada. Ele ainda classificou a parlamentar como vitimista pela repercussão sobre o tema, tentou comparar a própria história com a da parlamentar e citou o pai de Tabata, que morreu por histórico de alcoolismo.

“Eu disse que ela é imatura. Ela não tem nem 30 anos de idade, nunca abriu uma empresa, nunca pagou milhões de impostos igual eu já paguei. Ela que ficou doída, vitimizada. Imagine uma pessoa que quer ser prefeita, e é vítima. Diferentemente da Marina, que está amamentando, que é uma mulher guerreira e não se vitimiza. É diferente de alguém que julga que vem de baixo, mas foi estudar em Harvard”, atacou.

“Ela criou a polêmica. Se quer ser prefeita, que ela cresça. Uma pessoa que passou por mais problemas é mais tarimbada para governar. Eu passei por mais problema que ela. Eu também vim da periferia, eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou e ele deixou o alcoolismo. Já sobre o pai dela, ela foi para Harvard, e o pai dela acabou morrendo. Governar e ser vítima na mesma pessoa não tem como”, completou.