Na terça-feira (25), Leandro Augusto Alves Oliveira, de 37 anos, foi preso em flagrante por exercício ilegal da medicina. Isso ocorreu após um paciente morrer durante um exame de endoscopia (quando um tubo flexível é inserido pela boca e passa pela garganta, esófago, estômago, até chegar na divisão do intestino delgado). O caso ocorreu em Marabá, no Pará. As informações são do UOL.

Segundo a Polícia Civil, Leandro era investigado pelo Ministério Público do Pará, desde setembro de 2021, por ter supostamente falsificado o diploma de conclusão do curso de medicina.

Os agentes foram até a clínica de Leandro a pedido do MP-PA e, nesse momento, foram informados que um paciente havia falecido.

Leandro foi preso e teve a sua detenção convertida em preventiva pela juíza Elaine Neves de Oliveira, da 2ª Vara Cível e Empresarial.

Na sua decisão, a magistrada argumentou que há indícios suficientes da prática de crime do suposto médico e que outras medidas cautelares “não são suficientes para garantir o regular andamento do processo e a ordem pública”.

Após a sentença, Leandro foi encaminhado para um presídio e deve responder pelos crimes de homicídio com dolo eventual (quando a pessoa sabe que o seu ato pode causar morte), exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica.

Em entrevista ao UOL, o advogado Diego Adriano Freires, um dos representantes de Leandro, afirmou que pretende recorrer da decisão, para que o seu cliente responda em liberdade.

Ressaltou que o seu cliente se declara inocente e que “não há, juridicamente, qualquer possibilidade de imputação de dolo eventual”.

“Já em relação ao exercício ilegal da profissão, a defesa junta documentos importantes que comprovam a legalidade. Assim como nega qualquer ocorrência de falsidade ideológica”, finalizou o advogado.