A Oxford Economics reduziu sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) da China no quarto trimestre deste ano, de 5% para 3,6%, na comparação anual, e para o ano de 2022, de 5,8% para 5,4%. O corte foi feito com base na previsão de que as dificuldades da Evergrande devem intensificar a desaceleração no setor imobiliário chinês, enquanto a cautela pela covid-19, a falta de eletricidade e cortes de produção pesam sobre a atividade do país, dizem os analistas.

A nova projeção se dá apesar da expectativa de Oxford de que uma mudança nas políticas econômicas da China ocorra no próximo trimestre para apoiar o crescimento.

Para a consultoria, as tentativas rígidas de governadores locais para atender às metas climáticas de curto prazo em meio à piora do crescimento econômico apontam para problemas de coordenação política. A expectativa é que legisladores experientes interfiram e, como resultado, problemas com a eletricidade e cortes de produção diminuam nos próximos meses.

Ainda assim, mesmo com um alívio na pressão causada pelos problemas de oferta, o crescimento do PIB deve ser reduzido no próximo trimestre, por conta do setor imobiliário. Em resposta, a Oxford espera que legisladores ajam para fortalecer o crescimento, inclusive garantindo liquidez suficiente no mercado interbancário, acelerando o desenvolvimento de infraestrutura e relaxando algumas medidas ligadas aos setores imobiliário e de crédito. “Essa política de flexibilização atenua a nossa revisão para baixo para 2022”, dizem analistas.