O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 12, recuperando parcialmente as perdas robustas da sessão de terça, de mais de 4%. A sessão de apetite por risco desta quarta não foi suficiente para derrubar com força a demanda pelo metal precioso, que segue apoiado pelo quadro global incerto e pelo dólar fraco.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para dezembro encerrou o dia em alta de 0,14%, a US$ 1949,00 por onça-troy – ainda abaixo, portanto, da marca de US$ 2 mil por onça-troy, atingida na semana passada. Ao longo dos negócios, o ouro tocou US$ 1.961,00 por onça-troy.

As incertezas sobre o caminhar da economia global, golpeada pela crise do coronavírus, têm mantido bastante aquecido o mercado de ouro, considerado um ativo seguro. O mergulho dos juros dos Treasuries nos últimos tempos é outro responsável pela escalada do metal precioso, na medida em que investidores podem buscar segurança com rendimentos maiores.

Na sessão desta quarta, especificamente, o dólar fraco também ofereceu suporte ao ouro, por tornar commodities mais baratas no mercado internacional para detentores de outras divisas.

Analista do Julius Baer, Carsten Menke defende que o mercado de ouro se tornou excessivamente otimista nos últimos tempos, por mais que os fundamentos sejam favoráveis. “O ouro e a prata são mais adequados para operadores de curto prazo do que para buscadores de portos seguros”, alerta, em relatório enviado nesta quarta a clientes.