O contrato mais líquido do ouro fechou praticamente estável, interrompendo uma sequência de quatro quedas consecutivas do metal. As perspectivas de reação do Federal Reserve (Fed) a dados da economia dos Estados Unidos vinham pressionando a commodity, na medida em que levantavam possibilidade da alta de juros no país, o que eleva os rendimentos do Treasuries, pressionando o ouro, que compete como ativo seguro. Por sua vez, o movimento foi limitado na atual sessão

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro subiu 0,03%, a US$ 1.784,3 por onça-troy.

Hoje foi publicado que o PIB americano subiu 2,1% entre o segundo e o terceiro trimestres, de acordo com a segunda leitura do indicador. Já o PCE subiu 5,3% no período e seu núcleo, 4,5% – maior alta desde 1991, destaca a Oxford Economics. A pressão inflacionária refletida no PCE deve “testar a paciência” do Fed, em meio às discussões sobre uma eventual alta de juros em 2022 e o ritmo do tapering do BC.

“Os preços do ouro estão reduzindo as perdas depois de atingir alguns níveis técnicos importantes”, aponta Edward Moya, analista da Oanda. O metal estava em queda livre após uma fúria de dados dos EUA que sustentavam os argumentos de que o Fed diminuiria mais rapidamente os estímulos em dezembro e aumentaria as taxas de juros algumas vezes em 2022, avalia Moya.

O TD Securities espera que as nomeações para o Fed nesta semana resultem em uma autoridade mais dovish. O banco de investimentos espera uma desaceleração do crescimento e da inflação no próximo ano, e, neste sentido, os preços de mercado do ouro que esperam aumentos dos juros pelo Fed podem, em última análise, revelar-se excessivamente agressivos.

O Commerzbank nota ainda que a desvalorização recente do ouro esteve atrelada a uma alta nos rendimentos dos Treasuries, como os juros de dez anos subindo para um máximo de quatro semanas. Hoje, o movimento teve um alívio, e os rendimentos operaram sem sinal único.

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