O contrato de ouro fechou em território positivo, nesta quarta-feira, 19, com o contrato mais líquido no maior patamar de fechamento desde março de 2013. Mesmo em um dia de menor temor com o coronavírus em outros mercados, o metal precioso continuou a ser buscado como alternativa segura, também por causa do ambiente de juros baixos nas economias desenvolvidas.

O ouro para abril fechou em alta de 0,51%, em US$ 1.611,80 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Na avaliação do Citi, o ouro poderia atingir a marca de US$ 1.700 a onça-troy, caso o coronavírus afete cadeias de suprimento e balanços nos Estados Unidos.

Estrategistas de commodities do Citi elevaram sua projeção para o contrato nos próximos seis a 12 meses para US$ 1.700 e dizem que esperam altas até US$ 2 mil a onça-troy no intervalo entre 12 a 24 meses.

Os analistas destacam ainda o fato de que o ouro é apoiado por um ambiente de juros baixos ou mesmo negativos em importantes economias.

Vice-presidente executivo da GoldMining, Jeff Wright diz acreditar que investidores do varejo estão demandando mais ações, mas os investidores institucionais têm mostrado mais cautela e buscam alternativas mais seguras, como o ouro.

A Capital Economics, por sua vez, afirma acreditar que o contrato do ouro deve perder força.

A consultoria diz que os retornos de bônus dos EUA ganharão fôlego nos próximos meses, o que pressionará o metal. Ela projeta que o ouro chegue ao fim de 2020 em US$ 1.400 a onça-troy.

* Com informações da Dow Jones Newswires