O ouro fechou o pregão desta sexta-feira em queda, pressionado pela valorização do dólar. Apesar da cautela no exterior com o avanço da pandemia de covid-19, a busca por segurança não foi suficiente para garantir uma alta no preço do metal precioso hoje, mas o acumulado na semana mostra ganhos.

O ouro com entrega prevista para fevereiro recuou 0,52%, a US$ 1.856,2 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na comparação semanal, por outro lado, o metal precioso subiu 1,44%.

A alta do dólar pressiona o ouro porque torna os contratos da commodity mais caros e menos atrativos para detentores de outras divisas, o que reduz a demanda e, consequentemente, o preço.

Durante a semana, contudo, marcada pela posse de Joe Biden como 46º presidente dos Estados Unidos, o ouro operou majoritariamente em alta. “É provável que um papel nisso tenha sido desempenhado pelo fato de que o dólar se desvalorizou ao longo da semana e os rendimentos dos títulos dos EUA se estabilizaram”, afirma o analista Carsten Fritsch, do Commerzbank.

O profissional do banco alemão ressalta que os riscos de aumento da inflação nos EUA “provavelmente” crescerão com a perspectiva de expansão fiscal no governo Biden. Isso deve aumentar a demanda pelo ouro porque os investidores costumam comprar o metal precioso para se proteger da inflação.

No exterior, o pregão foi marcado pela cautela. Nesta tarde, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que a nova variante do coronavírus identificada no país pode ser mais mortal.