O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em queda nesta segunda-feira, 30, enquanto investidores seguem deixando a segurança do metal precioso, em meio às expectativas de que uma vacina para a covid-19 acelere a recuperação da economia global.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), a onça-troy do ouro com entrega prevista para fevereiro, que agora é o contrato mais ativo, cedeu 0,40%, a US$ 1.780,90. O contrato de dezembro, a referência anterior, caiu 5,6% em novembro.

A farmacêutica Moderna informou nesta segunda-feira que sua candidata a vacina teve eficácia de 94,1% na prevenção do coronavírus, de acordo com resultados finais dos testes clínicos.

A empresa será a segunda a pedir a reguladores mundiais a autorização para uso emergencial de um imunizador para a doença, depois de pleito semelhante da Pfizer, em parceria com a BioNTech.

Os avanços nas pesquisas tem provocado um movimento de vendas de ouro, apesar da tendência geral de enfraquecimento do dólar. Segundo o Commerzbank, as perspectivas pioraram depois que o contrato mais ativo perdeu a marca técnica de US$ 1,7 mil a onça-troy.

“É difícil encontrar argumentos fundamentais para explicar a onda vendedora do ouro”, explica o banco.

Para o analista Edward Moya, da Oanda, investidores estão dando preferência a outras aplicações, como criptomoedas, em detrimento dos metais preciosos.

Moya, contudo, enxerga um possível catalisador para a recuperação dos preços: o anúncio de mais estímulos monetários do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco Central Europeu (BCE) este mês. “A perspectiva de longo prazo do ouro ainda é de alta”, avalia.