O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em queda nesta quinta, 30, enquanto investidores impuseram movimento de realização de lucros após o metal precioso renovar recorde de fechamento por quatro sessões consecutivas.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), a onça-troy do ouro com entrega para agosto encerrou com perda de 0,56%, a US$ 1.942,30. Na máxima do dia, o contrato chegou a tocar em US$ 1.965,10 por onça-troy, mas perdeu força após quatro sessões em que atingiu nível mais alto de fechamento.

Nos últimos dias, o ouro vinha em escalada rumo à marca histórica de US$ 2 mil a onça-troy, em meio às incertezas causadas pelo avanço vertiginoso do coronavírus. O enfraquecimento do dólar e o contínuo relaxamento monetário por bancos centrais ao redor do mundo favorecem o metal precioso, conforme destaca o ING, em relatório.

“Claramente, há uma grande parte do mercado que acredita que a inflação vai subir e, como resultado, vê o ouro como um hedge de longo prazo”, explica o banco.

Hoje, indicadores econômicos confirmaram a gravidade da recessão que se abate sobre o mundo, como resultado das disfunções provocadas pela covid-19. O Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou contração anualizada recorde de 32,9% no segundo trimestre deste ano, enquanto o Departamento do Trabalho revelou que os pedidos de auxílio-desemprego continuaram subindo e somaram 1,4 milhão na semana passada.

Os números suscitaram pessimismo quanto à trajetória de maior economia do planeta e impuseram forte aversão ao risco nos mercados globais. Ainda assim, o ouro foi alvo de ordens de vendas, corrigindo os ganhos dos dias anteriores. “Dado o movimento agressivo de alta do ouro nas últimas semanas, não é uma surpresa que agora esteja ocorrendo uma retração considerável”, David Madden, analista de mercado da CMC Markets UK. (COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES)

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