O ouro fechou em território negativo nesta terça-feira, 7, em uma sessão marcada pelo maior apetite por risco e, consequentemente, pela menor busca pela segurança do metal. Investidores se voltaram para o fato de que pode haver uma estabilização no avanço nos casos de coronavírus em alguns países, bem como para a possibilidade de mais estímulos econômicos em breve nos Estados Unidos. Além disso, o dólar mais fraco colaborou para o movimento.

O ouro para junho fechou em baixa de 0,60%, em US$ 1.683,70 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Hoje, o dia foi de alta nas bolsas de Nova York e da Europa, durante a sessão do metal. A avaliação de que mais adiante alguns países importantes, como a Alemanha, podem começar a relaxar medidas de restrição de circulação ajudou. Alguns analistas destacaram ainda certa estabilização no ritmo dos novos casos em algumas nações.

No câmbio, o dólar mais fraco tende a apoiar o ouro, já que nesse caso ele fica mais barato para os detentores de outras moedas. O contrato também registrou no dia anterior avanço de 2,93%, o que abriu espaço para um ajuste.

O Julius Baer comenta em relatório que parte da falta de metal no mercado deve ser compensada, com refinarias na Suíça retomando em parte as operações. Com perspectiva de recessão global, o banco acredita que o metal continuará apoiado.

O Commerzbank, por sua vez, pontua que a reabertura parcial das economias de alguns países adiante, como Áustria, República Checa e Dinamarca, pode elevar a demanda em um quadro ainda de oferta limitada, o que poderia levar a inflação. Essa possibilidade de alta nos preços apoia o ouro, lembra o banco, o que pode ser parte da explicação para alguns dias de avanço no metal mesmo em pregões positivos para as bolsas americanas.

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