O ouro fechou em baixa nesta sexta-feira, 19, em meio ao dólar forte ante outras moedas principais, que torna commodities mais caras para detentores de outras divisas. Investidores seguem especulando, ainda, sobre a profundidade do corte de juros americanos, que será definida na próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

O ouro para agosto na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), encerrou o pregão em queda de 0,10%, US$ 1.426,7 a onça-troy. Na comparação semanal, no entanto, houve ganho de 1,02%.

Entrevistas com dirigentes do Fed, publicadas nesta sexta pelo Wall Street Journal, sinalizaram ao mercado que o corte nas taxas de juros americanas pode não ser tão profundo quanto se esperava, mas, sim, tende a se manter em 25 pontos-base.

Como o juro reduzido tende a depreciar o câmbio, a expectativa de um corte mais modesto deu força ao dólar, tornando commodities, como o ouro, mais caras para detentores de outras divisas e pressionando suas cotações.

Cortes de juros também tendem a pressionar as cotações de metais preciosos; com a diminuição das expectativas de uma afrouxamento monetário mais profundo, as perdas do ouro foram contidas. “Enquanto taxas de juros mais baixas nos EUA são tipicamente boas notícias para todas as commodities, há uma relação inversa particularmente estreita com metais preciosos”, lembra um relatório do Commerzbank enviado a clientes.

A Capital Economics, no entanto, prevê recuperações para o ouro no curto prazo. “Nossa visão é a de que haverá uma nova escalada na guerra comercial entre os EUA e a China”, diz relatório da consultoria enviado a clientes. “O preço do ouro permanecerá apoiado pela incerteza econômica e pela compra segura como refúgio”, completa o texto. Com informações da Dow Jones Newswires.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias