O ouro fechou em baixa nesta terça-feira, 28, devolvendo parte dos ganhos recentes, que haviam sido motivados pela cautela com o coronavírus. Em um quadro também de dólar forte, o metal encerrou em baixa, com analistas ponderando sobre seus movimentos futuros.

O metal para fevereiro recuou 0,48%, a US$ 1.569,80 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Na segunda-feira, 27, o BBH comentou em relatório que o contrato já havia subido 1,5%, o que pode ter aberto espaço para o ajuste desta terça. Além disso, o quadro nas bolsas dos dois lados do Atlântico foi de recuperação nesta terça, com menor cautela, embora a disseminação do coronavírus continue no radar dos investidores.

No caso do câmbio, o dólar forte torna o ouro mais caro para os detentores de outras divisas, o que tende a reduzir o apetite dos investidores.

A Capital Economics afirma em relatório a clientes que, a menos que o surto de coronavírus se torne uma ameaça grande o suficiente para alterar a trajetória da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o que até agora não parece ser o caso, o ouro não deve manter uma trajetória de alta.

A consultoria diz que pode haver ainda assim demanda pela segurança do metal, mas neste caso o dólar também estaria em trajetória ascendente, o que conteria o movimento. A Capital Economics projeta que o ouro termine o ano de 2020 em US$ 1.400 a onça-troy.

Já o Commerzbank diz em relatório que, enquanto o quadro de incerteza permanecer, o preço do ouro deve continuar apoiado. O banco alemão destaca a disseminação do coronavírus, com aumento recente nos casos e nas mortes na China, o que sustenta o apetite pelo metal.