O ouro fechou em ligeira alta na sessão desta segunda-feira, 16, em linha com a queda sofrida pelo dólar ante rivais, que torna a commodity metálica mais barata para detentores de outras moedas. Pesou sobre a divisa americana a percepção de que a ação militar de Estados Unidos, Reino Unido e França contra a Síria não representa maior risco geopolítico por ora e, também, comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, a respeito de estratégias cambiais de outros países.

Após o trio de aliados ocidentais lançar mais de 100 mísseis contra supostas plantas do governo sírio de Bashar al-Assad dedicadas à produção de armas químicas, a única ação empregada até agora pela Rússia, principal aliado de Damasco, foi buscar uma condenação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) à ofensiva, o que não se concretizou.

Assim, apesar de refrear a demanda de investidores por ativos considerados seguros, como é o ouro, a percepção de uma atmosfera diplomática menos propensa à guerra tirou fôlego também do dólar, outro papel procurado em tempos de instabilidade.

A pressão sobre a moeda foi reforçada pela afirmação de Trump no Twitter de que a Rússia e a China estão “jogando o jogo de desvalorização cambial” enquanto os EUA seguem elevando taxas de juros. “Não (é) aceitável!”, emendou o presidente.

Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato futuro de ouro para junho fechou em ligeira alta de US$ 2,80 (+0,21%), a US$ 1.350,70 por onça-troy. (Com informações da Dow Jones Newswires)