O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em leve queda nesta terça, 14, preservando o patamar dos US$ 1,8 mil a onça-troy, enquanto investidores digerem sinais contraditórios que deixam os mercados financeiros sem uma direção consistente.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto encerrou em baixa de 0,04%, a US$ 1.813,4 a onça-troy.

Segundo o estrategista da Ploutus Capital,James Hatzigiannis, operadores estão em compasso de espera, observando indicativos de que a atividade econômica está se recuperando, mas também atentos aos fatores de risco. A escalada vertiginosa do coronavírus e as tensões nas relações comerciais entre Estados Unidos e China seguem causando preocupação, o que direciona aplicações para a segurança do ouro.

“Há muitos argumentos em favor da alta dos preços: número de casos de coronavírus está subindo em ritmo recorde, tanto nos Estados Unidos, quanto no mundo inteiro”, destaca o Commerzbank.

Por outro lado, aponta o banco, a melhora dos dados econômicos podem pressionar o metal precioso. Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,6% na passagem de maio para junho, a primeira alta depois de três meses. O resultado surpreendeu analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que previam avanço de 0,5%. Na China, as exportações se elevaram 0,5% no mês passado, enquanto as importações aumentaram 2,7%.