O contrato futuro mais liquido de ouro fechou em queda nesta quinta-feira, 16, em meio ao fortalecimento do dólar na esteira de um cenário global ainda incerto em relação ao coronavírus e ao impacto econômico da doença.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro para junho encerrou em baixa de 0,49%, a US$ 1.731,70 a onça-troy.

Após alguns dias de depreciação, a moeda americana voltou a se fortalecer na comparação com rivais fortes, em meio aos sinais de que o efeito da covid-19 na economia global será agudo. Por volta das 14h40, o índice DXY, que mede a variação da divisa dos Estados Unidos frente a uma cesta de seis divisas fortes, subia 0,59%, a 100,044 pontos, retomando a marca de 100 pontos que havia perdido há alguns dias.

Segundo o Commerzbank, a alta do dólar pressiona o ouro. Em relatório enviado a clientes, o banco explica que a casa da moeda dos EUA precisou fechar a unidade de Nova York temporariamente, por conta do vírus. “Isso pode resultar em escassez de fornecimento, sobretudo em moedas de ouro, e em disfunções no mercado de ouro do país”, avalia o documento.

O Julius Baer explica que investidores do metal estão precificando um cenário de recessão que vai além daquele que prevê uma crise curta e uma forte recuperação. “A medida em que traders técnicos e seguidores de tendência busquem se beneficiar do rali do ouro, os preços ainda apontam para alta”, destaca.