O ouro fechou em leve queda, pressionado pela valorização do dólar – que diminui a atratividade do metal que é cotado na moeda americana – e pela concorrência de outros ativos vistos como “seguros”, como a própria divisa dos EUA e os Treasuries. Além disso, alguns analistas observam que o metal já está em um patamar alto, o que reduz seu potencial de ganho.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega para dezembro recuou 0,16%, a US$ 1.907,60 a onça-troy.

O Julius Baer avalia que a fuga de ativos de risco ontem lembrou a de março, mas que não acredita que o efeito seja o mesmo para o ouro, que segue “caro como seguro”. O banco lembra que para muitos investidores o dólar é um ativo com mais segurança que o metal, e que a instabilidade atual já está precificada no atual patamar do ouro, o que leva a não alterar suas perspectivas para o metal.

O Swissquote tem a mesma avaliação e pontua que o “metal precioso não parece ser o único refúgio favorito no momento”, citando a queda de ontem, próxima a 3% na onça-troy, e a valorização do dólar na mesma sessão. O banco observa que hoje foi a primeira vez que o ouro ficou abaixo de US$ 1.900 por onça-troy desde julho.

“O ouro se beneficia da incerteza, da maior volatilidade do mercado de ações e dos baixos rendimentos dos títulos do governo. Esperamos um ganho moderado no preço do ouro no quarto trimestre”, projeta o Erste sobre o metal.

O Julius Baer avalia que em um cenário de médio a longo prazo com melhora no ambiente econômico, o preço deve se mover mais para baixo do que para cima, mas o banco, dentre outros fatores, não cogita um cenário de restabelecimento de lockdowns.

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