O contrato de ouro mais líquido fechou em queda nesta sexta-feira, 12, após ter sido requisitado na sessão anterior, quando houve cenário de aversão ao risco. Hoje, novos sinais da economia dos Estados Unidos dissiparam algumas incertezas sobre o ritmo da recuperação americana, que tem influenciado o comportamento dos mercados e a busca pela segurança do ouro.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro para agosto encerrou em queda de 0,14%, a US$ 1.737,30 a onça-troy. Já na comparação semanal, houve alta de 3,25%.

Ontem os preços do ouro, que vinham em queda diante do apetite de investidores por ativos mais arriscados, voltaram a avançar. “As esperanças dos mercados de uma recuperação econômica em forma de V sofreram um duro golpe”, afirmou Carsten Fritsch em relatório do Commerzbank.

Mas, para a LPL, hoje os mercados entenderam que “é perfeitamente normal ver um rebaixamento de dois dígitos nas ações após a força inicial enfraquecer”.

A repercussão negativa das previsões econômicas do Fed acabou dando lugar ao retorno ao otimismo, mesmo ainda contido por novos alertas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Investidores parecem ter digerido melhor as previsões do Fed, com ajuda da leitura surpreendente do índice de sentimento do consumidor americano.

“Não há segunda onda de pessimismo sobre a economia por parte dos consumidores”, afirma Chris Rupkey, economista-chefe do MUFG. “O consumidor concorda conosco que essa poderia ser a menor recessão já registrada” na história, afirma. Com o otimismo voltando ao mercado de ações, o ouro caiu com a menor busca por segurança.